sábado, 25 de agosto de 2012

“ESPERANÇA NO FUTURO” - Pelo Espírito Rosângela C. Lima - Mensagem psicografada por Raul Teixeira, em 21.06.2006, na Sociedade Espírita Fraternidade, Niterói-RJ.

Olha bem para essa linha do horizonte,

Onde o céu, encantado, encontra a Ter
ra,
Onde o homem respira, e onde ele erra,
Tendo as marcas de Deus na própria fronte.

Olha, com atenção, esse futuro,

Que o ser humano aguarda, em plena luta,
Entre sorriso e pranto, e na labuta
Pelo império do amor, lindo e maduro.

Jamais desprezes a tua existência,

Entregando-te à mágoa e ao desalento.
Acende a luz de Deus no pensamento
E serve-O com profunda reverência.

Viver no mundo em luta renitente

Confere-nos valores indizíveis,
Sob a ação dos Bons Anjos que, invisíveis,
Dos céus trazem luz para toda a gente.

Aguarda no porvir, que já vislumbras,

A regeneração tão anelada.
Persiste íntegro e nobre na jornada,
E abre-te ao Sol, sem sombras nem penumbras.

Olha o horizonte onde deves chegar,

Após semeares bênçãos nas estradas.
Une-te às Almas Bem-aventuradas,
E deixa-te viver, servir e amar.

Busca manter alteada a tua confiança

Na vontade perfeita do Senhor,
E age no bem, com brio, com valor,
Empunhando o estandarte da esperança.
 
 
 

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Dedicatória

É só teu o meu livro; guarda-o bem;
Nele floresce o nosso casto amor
Nascido nesse dia em que o destino
Uniu o teu olhar à minha dor.

Florbela Espanca 
 
 

 

O poder da prece...

"Eu peço a Deus tudo o que eu quero e preciso. É o que me cabe. Ser ou não ser atendida - isso não cabe a mim, isso já é matéria-mágica que se me dá ou se retrai. Obstinada, eu rezo. Eu não tenho o poder. Tenho a prece."

Clarice Lispector



segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Divina Cora Coralina!!!



Sempre desprezei as coisas mornas, as coisas que não provocam ódio nem paixão, as coisas definidas como mais ou menos, um filme mais ou menos, um livro mais ou menos.

Tudo perda de tempo.


Viver tem que ser perturbador, é preciso que nossos anjos e demônios sejam despertados, e com eles sua raiva, seu orgulho, seu asco, sua adoraçao ou seu desprezo.


O que não faz você mover um músculo, o que não faz você estremecer, suar, desatinar, não merece fazer parte da sua biografia!


Martha Medeiros




sábado, 18 de agosto de 2012

Se alguém te retribui com a ingratidão o bem que doaste, exulta. É sempre melhor RECEBER a ingratidão do que EXERCÊ-LA em relação ao próximo. Se ofertaste carinho e bondade, sustentando a alegria nos corações alheios e te retribuem com azed
ume ou indiferença, alegra-te.

• O ingrato é alguém que enlouquece a longo prazo.•


O bem que faças é bem em triunfo no teu coração. Receber o retributo seria diminuir-lhe a significação do que realizaste.

Bendize, assim, os ingratos e ORA por eles, porquanto estão em piores condições do que supões!
E se puderes, ajuda-os mais, pois a felicidade é sempre maior naquele que cultiva o amor e a misericórdia, jamais em quem recebe e esquece, beneficia-se e despreza o benfeitor.


|Leis morais da vida - Divaldo P. Franco, Joanna de Ângelis|
 
 
 

Luz do Sol

Luz do Sol - Caetano Veloso

Luz do solque a folha traga e traduz em verde de novo em folha, em graça, em vida em força, em luzcéu azul que venha até onde os pés tocam na terra e a terra inspira e exala seusazuisreza, reza o rio, córrego pro rio, rio pro marreza correnteza, roça a beira a doura areiamarcha um homem sobre o chãoleva no coração uma ferida acesadono do sim e do não diante da visão da infinita belezafinda por ferir com a mão essa delicadeza coisa mais queridaa glória da vidaluz do sol que a folha traga e traduz em verde de novo em folha, em graça, em vida, em força, em luzreza, reza o rio córrego pro rio, rio pro marreza correnteza roça a beira a doura areia marcha o homem sobre o chão leva no coração uma ferida acesadono do sim e do não diante da visão de infinita belezafinda por ferir com a mão essa delicadeza a coisa mais querida a glória da vidaluz do sol que a folha traga e traduz em verde de novo 
 
 

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

A arte de perder não é nenhum mistério; Tantas coisas contêm em si o acidente De perdê-las, que perder não é nada sério. Perca um pouquinho a cada dia. Aceite, austero, A chave perdida, a hora gasta bestamente. A arte de perder não é nenhum mistério. Depois perca mais rápido, com mais critério: Lugares, nomes, a escala subseqüente Da viagem não feita. Nada disso é sério. Perdi o relógio de mamãe. Ah! E nem quero Lembrar a perda de três casas excelentes. A arte de perder não é nenhum mistério. Perdi duas cidades lindas. E um império Que era meu, dois rios, e mais um continente. Tenho saudade deles. Mas não é nada sério. – Mesmo perder você (a voz, o riso etéreo que eu amo) não muda nada. Pois é evidente que a arte de perder não chega a ser mistério por muito que pareça (Escreve!) muito sério.
 
 Elizabeth Bishop in "Uma Arte".
 
 
 

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

A BELEZA DOS AVESSOS
 
Esse jeito esquisito que Jesus tinha de preferir os piores, me faz pensar na beleza dos avessos… Às vezes, na pressa de encontrar, a gente não vê. Quantas vezes na minha vida eu desprezei as pessoas porque eu considerei o agora? É tão doído a gente ser visto somente a partir do presente, quando as pessoas olham pra gente e só enxergam aquilo que a gente tem no momento.

Isso é fascinante em Jesus! Por isso ele era capaz de preferir quem ele preferia. Porque Jesus não era um homem que se prendia no presente.

Eu acredito e acho interessante isso: “que os amantes nunca esgotam as criaturas amadas, porque o amor sobrevive de futuro, ele consegue enxergar o que a gente ainda não viu. A pessoa que ama consegue enxergar o que o outro ainda não é, é o avesso, é o contrário da situação. É tão bonito a gente pensar que a beleza do tecido tem um sustento, uma trama que está por trás de tudo isso. Compreender as pessoas, amá-las, só é possível a partir do momento que a gente entra na trama do avesso, quando a gente não enxerga somente aquilo que os olhos podem revelar, podem conhecer, mas também tudo aquilo que ainda está oculto.” Deus nos ama assim, porque consegue enxergar o que a gente ainda não é, mas que a gente ainda pode ser!


Padre Fábio de Melo
 
 

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Um café e um amor, quentes, por favor!

Um café e um amor, quentes, por favor!
Sem excessos de doçura ou amargura.
Forte, doce, que ambos façam meu coração acelerar,
que me mantenham vivo.
Um café e um amor, quentes, por favor!
E que nenhum deles eu sofra de vício,
mas que ambos,
eu possa me dar ao luxo do hábito.
Um café e um amor, quentes, por favor!
Para ter calma nos dias frios,
para dar colo
quando as coisas estiverem por um fio.
E que eles nunca tenham gosto de ontem,
nem anseiem pelo amanhã.
Que me façam feliz nesse agora,
que me abracem pela manhã.
Amargos, suaves,
intensos, subtis,
saborosos e quentes!
Um café e um amor, quentes, por favor!
 
 
 (Caio Fernando Abreu)
 
 

domingo, 12 de agosto de 2012

The Beatles...Love forever!!!

  
While My Guitar Gently Weeps
 
I look at you all see the love there that's sleeping While my guitar gently weeps I look at the floor and I see it need sweeping Still my guitar gently weeps I don't know why nobody told you how to unfold you love I don't know how someone controlled you they bought and sold you I look at the world and I notice it's turning While my guitar gently weeps With every mistake we must surely be learning Still my guitar gently weeps I don't know how you were diverted you were perverted too I don't know how you were inverted no one alerted you I look at you all see the love there that's sleeping While my guitar gently weeps I look at you all Still my guitar gently weeps Oh, oh, oh oh oh oh oh oh oh oh oh oh, oh oh, oh oh Yeah yeah yeah yeah yeah yeah yeah yeah
"Muitas vezes foi o medo que me tomou pela mão e me levou. O medo me leva ao perigo. E tudo o que eu amo é arriscado..."

(Clarice Lispector)
 
 

sábado, 4 de agosto de 2012

Adoro essa música...

Pensamento longe...

DO DESEJO

I


Porque há desejo em mim, é tudo cintilância.

Antes, o cotidiano era um pensar alturas
Buscando Aquele Outro decantado
Surdo à minha humana ladradura.
Visgo e suor, pois nunca se faziam.
Hoje, de carne e osso, laborioso, lascivo
Tomas-me o corpo. E que descanso me dás
Depois das lidas. Sonhei penhascos
Quando havia o jardim aqui ao lado.
Pensei subidas onde não havia rastros.
Extasiada, fodo contigo
Ao invés de ganir diante do Nada.
 
(Hilda Hilst)


quarta-feira, 1 de agosto de 2012

"É que o amor é essencialmente perecível e na hora que nasce começa a
morrer. Só os começos são bons. Há entao um delírio, um entusiasmo, um
bocadinho do céu. Mas depois!...Seria pois necessário estar sempre a
começar, para poder sempre sentir?"

(Eça de Queiroz)